quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Presidente de Portugal se revolta com Luciano Hang e é constrangido por Bolsonaro no desfile de 7 de Setembro


Nessa quarta-feira (7), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, passou por momentos de constrangimento durante o desfile de celebração ao Bicentenário da Independência do Brasil. Marcelo estava visivelmente perturbado na tribuna de honra.

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De acordo com fontes diplomáticas, o estranhamento da comitiva portuguesa foi provocado pelo empresário bolsonarista Luciano Hang, que saiu de seu lugar e foi até a primeira fila, área reservada aos chefes de Estado. A quebra de protocolo resultou no incômodo que durou até o final do evento.

O empresário bolsonarista, vestido com terno e gravata nas cores do Brasil, se exibiu e acenou ao público, atraindo holofotes. Bolsonaro teria convidado Hang à tribuna por ele ter sido um dos alvos da operação da Polícia Federal contra empresários que defenderam um golpe caso o ex-presidente Lula (PT) seja eleito.

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Rebelo de Sousa, além de ter que dividir espaço com o “intruso”, acabou involuntariamente protagonizando outras manifestações de viés político, que estiveram em alta no evento.

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Próximo ao final do desfile, dois deputados governistas estenderam junto do presidente uma bandeira nacional alterada, com a foto de um feto estampada e as frases “Brasil sem aborto” e “Brasil em drogas”, dois temas que fazem parte da agenda moral de Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. Rebelo aparece em uma foto com essa bandeira.

Jair Bolsonaro ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, em 7 de setembro de 2022
Foto: Eraldo Peres/AP

O chefe de Estado de Portugal queria evitar qualquer atividade de vinculação política. A Presidência de Portugal não divulgou no site a confirmação sobre sua presença na parada, nem quaisquer tipos de mídias relacionadas com o evento. Rebelo ainda negou o desconforto no palanque, e afirmou não ter notado a bandeira com menções ao aborto e às drogas.

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Questionado pela imprensa de seu país, a justificativa apresentada por Rebelo de Sousa era de que Portugal não poderia deixar de comemorar os 200 anos de independência da antiga colônia, por causa da relação histórica e da amizade e conexão entre os povos. “O que fica para história é que Portugal esteve presente”, disse ele.

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