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De acordo com fontes diplomáticas, o estranhamento da comitiva portuguesa foi provocado pelo empresário bolsonarista Luciano Hang, que saiu de seu lugar e foi até a primeira fila, área reservada aos chefes de Estado. A quebra de protocolo resultou no incômodo que durou até o final do evento.
O empresário bolsonarista, vestido com terno e gravata nas cores do Brasil, se exibiu e acenou ao público, atraindo holofotes. Bolsonaro teria convidado Hang à tribuna por ele ter sido um dos alvos da operação da Polícia Federal contra empresários que defenderam um golpe caso o ex-presidente Lula (PT) seja eleito.
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Rebelo de Sousa, além de ter que dividir espaço com o “intruso”, acabou involuntariamente protagonizando outras manifestações de viés político, que estiveram em alta no evento.
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Próximo ao final do desfile, dois deputados governistas estenderam junto do presidente uma bandeira nacional alterada, com a foto de um feto estampada e as frases “Brasil sem aborto” e “Brasil em drogas”, dois temas que fazem parte da agenda moral de Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. Rebelo aparece em uma foto com essa bandeira.
O chefe de Estado de Portugal queria evitar qualquer atividade de vinculação política. A Presidência de Portugal não divulgou no site a confirmação sobre sua presença na parada, nem quaisquer tipos de mídias relacionadas com o evento. Rebelo ainda negou o desconforto no palanque, e afirmou não ter notado a bandeira com menções ao aborto e às drogas.
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Questionado pela imprensa de seu país, a justificativa apresentada por Rebelo de Sousa era de que Portugal não poderia deixar de comemorar os 200 anos de independência da antiga colônia, por causa da relação histórica e da amizade e conexão entre os povos. “O que fica para história é que Portugal esteve presente”, disse ele.
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