O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos/SP) discutiu com a jornalista Vera Magalhães após o encerramento do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (14). Ao questionar o contrato da profissional com a Fundação Padre Anchieta, o parlamentar hostilizou Vera e a chamou de “vergonha do jornalismo”.
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Antes de entrar para a política, o jovem era ativista e líder da Direita Paulistana, que mudou de nome para Direita São Paulo e depois para Movimento Conservador. O grupo é contra o aborto, a legalização das drogas e a política de cotas e defende a revogação do Estatuto do Desarmamento e a diminuição da maioridade penal, entre outras pautas.
Em 2018, o Ministério Público de São Paulo chegou a abrir uma investigação contra o grupo por apologia à tortura após a criação do bloco carnavalesco “Porão do Dops” – alusão ao Departamento de Ordem Política e Social, órgão da ditadura responsável pela repressão política, acusado pela Comissão Nacional da Verdade pela prática de tortura durante o regime. O bloco acabou proibido pela Justiça de sair às ruas.
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Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Douglas foi eleito com mais de 74 mil votos. Durante a pandemia, ele se posicionou contra as medidas de isolamento social tomadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Neste ano, o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o deputado estadual por conta da divulgação do ‘dossiê antifascista’ com quase mil páginas, com nomes, fotos e descrição de pessoas que participaram de atos pró-democracia e contra Bolsonaro.
O Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a condenar Douglas Garcia em diversas ações por danos morais ajuizadas individualmente por pessoas citadas no documento.
O deputado estadual também é alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga milícias digitais que fazem ataques à Corte nas redes sociais. A investigação mira empresários, políticos e influenciadores ligados ao presidente.
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