segunda-feira, 9 de maio de 2022

Governo Biden dá aval a documento alertando para golpe de Bolsonaro caso não tenha a vitória nas eleições em outubro


O departamento de Estado norte-americano deu aval ao alerta do ex-diplomata Scott Hamilton de que Jair Bolsonaro (PL) pode tentar um golpe caso não tenha a vitória nas eleições em outubro, segundo a revista Veja. O documento de Hamilton foi publicado em 29 de abril no jornal Globo e defende que o governo Joe Biden alerte o presidente brasileiro de que a não aceitação de uma eventual derrota teria consequências diplomáticas e sanções comerciais.

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Cópias do documento de Hamilton foram distribuídas por diplomatas americanos a executivos de multinacionais com negócios no Brasil. Um desses executivos, de acordo com a Veja, entendeu o gesto como um apoio aos alertas e que uma contestação de Bolsonaro com algo parecido do que Donald Trump tentou em 2020 poderia tornar o Brasil “numa nova Rússia, com os investidores fugindo às pressas para evitar sofrerem sanções”.

agência Reuters publicou reportagem, na última quinta-feira (5), afirmando que, em visita ao Brasil em 2021, o diretor da CIA, Willian Burns, disse aos ministros generais Augusto Heleno e Luiz Ramos que Bolsonaro deveria parar de criticar o sistema eleitoral brasileiro.

A relação dos governos Biden e Bolsonaro, ironicamente, está no melhor momento. O Brasil tem votado na maioria das vezes com os EUA e a Ucrânia e contra a Rússia no Conselho de Segurança da ONU. Há diálogos para que os dois mandatários se encontrem na Cúpula das Américas, marcada para o mês de junho em Los Angeles. Bolsonaro, porém, já informou ao Itamaraty que não pretende ir.

Scott Hamilton foi um dos mais importantes diplomas para América Latina no governo Obama, ele foi cônsul no Rio de janeiro entre 2018 e 2021. Em entrevista à National Public Radio, Hamilton disse que por duas vezes alertou o então embaixador americano em Brasília, Todd Chapman, sobre a necessidade de uma atitude americana sobre o presidente Bolsonaro. Em julho do ano passado, quando deixou o posto, ele distribuiu um documento para várias autoridades. Como Chapman não era mais embaixador, a resposta foi mais atenta.

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