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Segundo Leandro, a atendente de laboratório estava na loja escolhendo uma roupa quando quando foi abordada por um segurança da loja, que a acusou de estar roubando juntamente com outra cliente que foi pega no local.
“Depois que essa cliente foi flagrada e retirada da loja, o segurança, de nome Caio Paz, chegou para minha irmã dizendo que sabia que ela estava na companhia da cliente que furtava e mandou minha irmã se retirar da loja com palavras agressivas”, afirmou.
Segundo a própria Fernanda, o segurança alegou afirmando que tinha visto tudo. “Quer dizer que você está roubando a loja junto com essa mulher? Eu disse: ‘ Como é que é?’ Você viu?’ Ele falou: Eu vi. As câmeras estão aí para provar”, disse.
“Ela se desculpou em nome da loja, mas as desculpas não retiram a ofensa e nem devolvem a saúde de minha irmã”, disse Renata, irmã da vítima, após os pedidos de desculpas do estabelecimento.
Vídeo: Mulher desmaia após, supostamente, sofrer racismo em loja Renner do shopping Bela Vista. pic.twitter.com/jId5bOmiBr
— Aratu On (@aratuonline) May 22, 2022
“Eu não vou mais andar nos lugares como eu andava antes. Toda vez que eu toco nesse fato, eu não consigo relatar sem chorar. É algo humilhante, isso tem que parar”, disse Fernanda Rodrigues.
Segundo Leandro, o irmão da vítima, foi um caso de racismo na situação. “Buscamos a orientação de um advogado do Coletivo de Entidades Negras porque isso é inadmissível. Minha irmã foi acusada por ser negra. Nada nas atitudes ligavam ela à outra cliente que furtou os perfumes”, disparou.
De acordo com o advogado Marcos Alan Hora, o segurança da loja praticou o crime de calúnia. “Houve também o crime de racismo, mais grave, tipificado no artigo 5º e no artigo 20 da Lei 7716/89, pois essa acusação teve por fundamento a discriminação racial (preconceito), único e exclusivo motivo da abordagem”, explicou.
“Do ponto de vista do Direito Civil, existem danos morais e materiais a serem apurados em uma ação cível, que deverá ser proposta o mais rápido possível”, continuou.
Fernanda relatou que foi informada pela gerência da loja que o segurança foi demitido. Porém, em nota pública das Lojas Renner afirmou, que após verificar imagens captadas pelo circuito interno de TV e analisar os fatos, não encontrou evidências das acusações relatadas.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela 11ª Delegacia Territorial (DT)/Tancredo Neves.
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