Mais um caso de corrupção do governo Bolsonaro bomba nas redes: “Bolsolão do lixo”

 

“Bolsolão do lixo” se tornou um dos principais assuntos das redes sociais por conta de mais um escândalo de corrupção da gestão Bolsonaro. O investimento do governo federal na coleta de lixo, um serviço essencial no bem-estar da população, virou foco de despesas milionárias e fora do padrão. A compra e distribuição de caminhões para pequenas cidades do país saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021.

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Internautas não perderam tempo e criticaram o governo bolsonarista. “Bolsolão, Bolsolão do MEC, Bolsolão do Busão, Bolsolão do SUS e Bolsolão do Lixo. Esse é o resumo do governo Bolsonaro”, comentou um perfil do Twitter.

“O escândalo de corrupção da semana já está disponível: BOLSOLÃO DO LIXO”, ironizou uma segunda pessoa. “O governo Bolsonaro é cheio de escândalo. O mais novo é o Bolsolão do lixo”, falou um terceiro perfil.

Confira a repercussão:

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Entenda o caso

Durante dois meses, uma equipe do jornal Estadão analisou cerca de 1,2 mil documentos referentes à aquisição de veículos com verbas do orçamento federal, incluindo relatórios, planilhas e vídeos. A distribuição dos caminhões é usada por senadores, deputados e prefeitos para conquistar o voto e simpatia dos eleitores nessas cidades.

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Diferença nos preços chega a 30%

A diferença nos preços de compra de modelos idênticos em alguns casos chegou a 30%. Em outubro, o governo adquiriu um caminhão por R$ 391 mil, mas menos de um mês depois o mesmo veículo custou R$ 505 mil.

Em agosto, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) divulgou uma foto ao lado do caminhão de lixo na cidade de Minador do Negrão (AL). Comprado com recursos de emenda parlamentar do senador, o caminhão é um dos maiores disponíveis no mercado, com 15 metros cúbicos. Para encher o veículo, que custou R$ 361,9 mil, a cidade leva dois dias.

Barra de São Miguel (AL), cidade governada por Benedito de Lira (Progressistas), pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progresssistas), ganhou três caminhões compactadores, do modelo grande, sendo duas em 2020 e uma em 2021.

Já a cidade de Marimbondo, com 13.192 moradores, a 80 km de Barra de São Miguel, não recebeu nenhum veículo.

Leopoldina Amorim (PSD), prefeita da cidade, disse que já enviou diversos pedidos a políticos do estado. “Já pedi a Fernando Collor, já pedi ao governador, já pedi ao Arthur Lira. Pedi a todo mundo. Até agora nenhum filho de Deus lembrou. Estou quase maluca, esperando que chegue esse caminhão”.

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