Foto: ABr | Reprodução
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"Uma autoridade de Brasília, que tem interlocutores entre militares, faz as seguintes reflexões. Se houver um clima de convulsão social, só o presidente pode convocar as Forças Armadas. Isso é privativo do chefe do Executivo, que é o comandante em chefe. É isso que Bolsonaro planeja. Desde o começo do governo, o presidente tem assediado os militares para que demonstrem apoio político a ele. Os da ativa que discordam seguem o regulamento e nada falam. Os que são ligados ao presidente se manifestam. O general Braga Netto, pessoa de índole autoritária, é da reserva, mas como ministro da Defesa tem tentado envolver os comandantes militares em seus movimentos. O comandante do Exército estava em um voo e só soube da nota contra a CPI quando pousou. Não gostou, mas nada fez. Outros integrantes do Alto Comando do Exército têm feito fortes críticas internas à maneira como Braga Netto tem empurrado as Forças Armadas para o apoio a Bolsonaro", prossegue Miriam.
"Bolsonaro se alimenta, na preparação do seu golpe, da confusão institucional, do ataque à urna eletrônica para estimular a dúvida sobre o processo eleitoral e da convulsão social que está instigando. Ele já avançou muito em seu projeto. Não há diálogo que o modere, porque Bolsonaro precisa da crise", finaliza.
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