Foto: Isac Nóbrega/PR |
Já é bastante famosa a sala 315 que funciona no terceiro
andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete do presidente
Jair Bolsonaro. Oficialmente se trata de uma Assessoria Especial, nome
que não significa absolutamente nada. E nem poderia, pois foi criado
justamente para ser algo que ficasse solto no ar. Nesse local opera
concretamente, isso sim, o também já conhecido “gabinete do ódio”, que
intriga e persegue digitalmente adversários de Bolsonaro, dentro e fora
do governo. A novidade é que ele está sendo repaginado na liderança e
nas funções: os três filhos, Flávio, Eduardo e Carlos passaram a
comandá-lo conjuntamente, e todo o trabalho está voltado para a
tentativa de obter lucro político com a desgraça do coronavírus:
reverter a queda da popularidade do pai, que perde adeptos cada vez que
abre a boca para falar da pademia. É visível que há uma ponta de
desespero nesse novo “gabinete de crise”.
Um vídeo, um desastre
Os esforços não estão melhorando em nada o desempenho presidencial
junto à população. No Twitter, por exemplo, até a quarta-feira 1, o que
se via era o seguinte: um milhão e quatrocentos mil usuários criticaram o
presidente enquanto um milhão e duzentas mil pessoas o defenderam nas
duas últimas semanas. O que está em pauta, é claro, é a sua insistência
em combater o isolamento e a quarentena como método de prevenção,
defendendo a tese de que somente os cidadãos vulneráveis devem ficar em
casa. Carlos, Eduardo e Flávio, o triunvirato do atual “gabiente de
crise”, estão se reunindo frequentemente com o pai, e é esse o motivo
que fez surgirrem mais dois nomes para o gabinete no Palácio do
Planalto: “gabinete pararelo” e “novo gabinete do ódio”. Ele já vem, é
claro, incomodando muitos ministros e assesores diretos.
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