
Ricardo Ribeiro, na Fórum – Antes
de deixar o ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta falou sobre
ingratidão e risco de colapso no sistema de saúde do país. As
declarações ocorreram em uma cerimônia informal para colocar a sua foto
na galeria de ex-ministros, acompanhada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Nesta despedida privada, ocorrida algumas horas depois de o
presidente Jair Bolsonaro anunciar a sua demissão, Mandetta fez um
discurso de cerca de dez minutos para servidores e assessores, após
ouvir aplausos, cantorias e falas emocionadas de aliados.
Ele começou falando sobre a Santa Irmã Dulce, religiosa brasileira
canonizada recentemente. Por sua solicitação, um quadro da santa
católica estava colocado no local.
“Quando fui a Salvador ver o hospital da obra de Irmã Dulce, estava
com prefeito ACM Neto e ele se ajoelhou. Eu decidi ajoelhar também e
rezar para que ela iluminasse o país. E disse: Irmã Dulce, se a senhora
for santa, vou no Vaticano. Achei que ia demorar 30 anos e pagar a
promessa lá na frente, mas fui. Chegando lá, o que eu pedi foi: protege o
SUS, porque, ao proteger o SUS, a senhora protege muita gente”, disse o
já ex-ministro.
Mandetta usou do exemplo da santa para se referir ao desafio de
implementar medidas de isolamento social durante a pandemia de
coronavírus, alvo de críticas de Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário