domingo, 26 de abril de 2020

Se não houvesse distanciamento social em São Paulo, desde 06 de abril não existiriam leitos disponíveis em São Paulo

UTI do hospital do Mandaqui, em São Paulo, está repleta de pacientes com COVID-1Se não houvesse distanciamento social em São Paulo, todos os leitos já estariam ocupados no dia 6 de abril. Essa é a conclusão de um cálculo feito pelo Observatório COVID-19, que reúne pesquisadores da USP, Unesp, Unicamp, UFABC, UnB, entre outras instituições.
Os pesquisadores apontam que, no início da epidemia na capital paulista, a ocupação dos leitos com casos graves confirmados do novo coronavírus era de 0,8% dos leitos totais, segundo a base oficial de notificações SIVEP-GRIPE. Naquele momento, o número de casos da doença duplicava rapidamente – entre 2 e 3 dias, segundo cálculos feitos entre os dias 14 e 19 de março.
"Mesmo em cidades onde pacientes com COVID-19 ocupam atualmente uma porcentagem baixa dos leitos, a ocupação total de leitos pode ser atingida muito rapidamente sem medidas preventivas", escreve o Observatório.
"Medidas preventivas, como o isolamento social, aumentam o tempo de duplicação da doença e, portanto, diminuem a velocidade de ocupação dos leitos de hospitais. Iniciar as medidas preventivas somente quando 50% dos leitos estiverem ocupados pode ser muito tarde, já que o número de hospitalizados por COVID-19 aumenta exponencialmente, e os efeitos de medidas preventivas podem demorar para afetar o número de hospitalizações," afirmam os pesquisadores.

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