
As declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, ao anunciar sua demissão na manhã desta
sexta-feira, 24, podem levar Jair Bolsonaro a ser investigado por pelo
menos sete crimes, como crime de responsabilidade, falsidade ideológica,
prevaricação, coação, corrupção, advocacia administrativa e até
obstrução de Justiça, de acordo com membros do Ministério Público
Federal (MPF) ouvidos pelo Estado de S. Paulo.
Moro afirmou que Bolsonaro pediu-o para blindar algumas investigações
que poderiam chegar a seus apoiadores e familiares, como seu filho
Carlos Bolsonaro, apontado como um dos organizadores virtuais dos
ataques bolsonaristas a autoridades do Legislativo e ao Judiciário. O
ex-ministro ainda disse que o presidente “queria alguém na PF para
passar informações sigilosas”.
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