Um dia depois de se demitir do Ministério da Justiça e revelar a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, Sergio Moro reafirmou as acusações, em mensagem enviada neste sábado, 25 de abril, à coluna de Bela Megale no Globo.
"É fato notório, afirmado pelo próprio presidente da República, suas reiteradas tentativas de interferência na PF, com troca de superintendentes e do diretor-geral. Até minha demissão, não permiti que essas tentativas prosperassem. Então, as entrevistas de janeiro e março sobre o presidente não interferir na PF eram verdadeiras, mas não são mais”, disse Moro.
Na resposta, Moro se refere a duas entrevistas nas quais ele garantiu não haver ingerência de Bolsonaro sobre a PF. Em uma delas, no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 20 de janeiro deste ano, o agora ex-ministro disse que “nunca houve qualquer interferência indevida do presidente, nunca houve qualquer afirmação ‘não faça isso, não faça aquilo’” na PF. Em outra entrevista, concedida em 11 de março à GloboNews, Moro afirmou que “a Policia Federal tem trabalhado com a autonomia que tem sido garantida a ela”.
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