quarta-feira, 1 de junho de 2022

A jornalista Vera Magalhães afirma que o Bolsonaro é um homem em franco desespero


"O caos que Jair Bolsonaro promove no Brasil não afeta só a vida dos mais pobres, a economia, a imagem do país no exterior, a resiliência da democracia e direitos e liberdades vários. Vira e mexe acontece, também, de essa esculhambação geral atingir o próprio Bolsonaro. Quando isso ocorre, o que se vê é um homem em franco desespero, sem saber como lidar com as próprias limitações. E aí o risco é para todos os brasileiros", escreve a jornalista Vera Magalhães no jornal O Globo.

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A jornalista aponta que Bolsonaro mirou alguns truques para voltar a crescer nas pesquisas, mas está fracassando. 

De um lado, Bolsonaro aprofunda o ataque ao sistema eleitoral e estimula o antipetismo irracional, e de outro faz “mandrakarias” fiscais para turbinar o Auxílio Brasil, tentar segurar o preço dos combustíveis e fazer média com o funcionalismo, sobretudo com as categorias de policiais federais, por meio de reajustes, aponta a colunista do Globo.

Segundo ela, essa estratégia está fracassando: "O Auxílio Brasil se mostrou, como já apontavam os economistas e especialistas em políticas públicas, um programa mal desenhado, sujeito a desvios, com logística capenga e, pior, cujo acréscimo de valor em relação ao Bolsa Família foi rapidamente corroído pela inflação".

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"No caso dos combustíveis, o capitão troca presidentes da Petrobras e ministros em série, sem perspectiva de provocar alguma redução consistente nas bombas de postos e no botijão de gás". 

"Por fim, há o papelão do presidente nos acenos aos servidores federais. Impossibilitado de conceder reajuste expressivo aos policiais, que gostaria de levar para seu palanque, sob pena de paralisar setores vitais da administração pública, Bolsonaro está feito barata tonta: não sabe mais se adianta conceder um reajuste linear de 5% que não lhe trará um eleitor e só ampliará a antipatia geral, mas também corre o risco de, diante de tantas idas e vindas, passar a sofrer boicote da máquina pública (o que os bolsonaristas amam chamar de deep state, de que se pelam de medo)".


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