O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira (13) o ex-líder do governo no Senado Fernando Bezerra (MDB-PE), relator do projeto de lei complementar (PLP 18/2022) que limita o ICMS em 17% e enquadra combustíveis, energia elétrica, transportes e telecomunicações como bens essenciais.
Sem citar Bezerra, em entrevista à CBN Recife, Bolsonaro disse que o ex-líder “teve tudo” e não cita o atual governo em Pernambuco. “Tem liderança aí, não quero citar nomes. Um senador que era líder do governo, trabalhava aqui atendendo a gente no Senado. Ele teve tudo da nossa parte, tudo da nossa parte, e hoje em dia não fala nosso nome em Pernambuco”, afirmou.Bezerra deixou a liderança do governo depois de ter sido derrotado na disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) pelo senador Antonio Anastasia. O pernambucano se ressentiu da falta de apoio do Planalto e entregou o cargo. Ex-ministro de Minas e Energia de Dilma Rousseff, o senador tem feito acenos ao ex-presidente Lula.
“O que acontece é o seguinte. Tem uma tendência, o estado mais à esquerda, em apoiar o Lula. Simplesmente não se fala mais o nome do governo, não se fala mais (sobre) as obras. Mas o Fernando Bezerra vai fazendo a parte dele. Ele tem que levar recursos para o estado, tudo bem”, afirmou Bolsonaro.
O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho, do MDB, líder do governo Bolsonaro no Senado até o fim do ano passado, foi à cidade de Serrita para pedir votos para seus dois filhos – Miguel Coelho, pré-candidato a governador, e Fernando Bezerra Filho, candidato a deputado federal, ambos pelo União Brasil.
A certa altura, o anfitrião do encontro, um ex-prefeito que havia reunido em sua casa dezenas de lideranças da região, bradou ao microfone: “O federal vocês já sabem que é Fernandinho, né? O governador, já sabem que é Miguel, né? E o presidente, vocês já sabem que é o presidente Lula, né? Votar contra Lula é votar contra o Nordeste. O Nordeste não pode ser contra si próprio, né? (…) Agora vamos votar fechado (sic) em Lula para poder ele voltar à Presidência”.
Ao fundo do discurso, entre aplausos calorosos, é possível ouvir um grito empolgado de “fora Bolsonaro”.
A reação de Bezerra é um tanto constrangida. Ele não aplaude, mas balança a cabeça em sinal de aprovação. Seus filhos, Miguel Coelho e Fernando Filho, o Fernandinho, não são tão comedidos. Em momentos diferentes, eles batem palmas para a ode a Lula. Pouco antes, o próprio senador havia discursado, mas evitou falar da disputa nacional. Limitou-se a pedir apoio para os filhos.
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