quarta-feira, 15 de junho de 2022

O bolsonarista Arthur Lira derruba convocação do ministro da Justiça para explicar morte em ‘câmara de gás’ da PRF


Após a convocação de Anderson Torres (foto) para comparecer a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acolheu recurso dos deputados bolsonaristas Capitão Alberto Neto (PL-AM), vice-líder do governo na Casa, e Felipe Francischini (União-PR) e anulou a convocação do ministro da Justiça para explicar sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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A PRF abriu procedimento disciplinar para investigar a conduta dos três policiais envolvidos no assassinado de Genivaldo de Jesus, que após ser abordado pelos agentes foi colocado em uma câmara de gás improvisada no porta-malas da viatura e acabou morrendo por asfixia. Com isso, foi aprovada a convocação de Anderson Torres para comparecer a comissão.

No entanto, os deputados apoiadores do governo Bolsonaro já haviam dito que iriam recorrer a Lira contra a decisão de Orlando Silva (PCdoB-SP) que, segundo eles, proclamou o resultado da votação antes que as lideranças falassem. Segundo os deputados, o presidente da comissão não concedeu a palavra dos parlamentares que queriam orientar para a votação e que informou que só concederia o tempo de líder após encerrar o pleito.

No entanto, após a anulação, Lira afirmou que Torres irá à comissão nesta quarta-feira (15), às 15h, após conversa entre eles.

De acordo com Lira, houve um “encerramento abrupto da votação em desalinho com o prévio compromisso estabelecido pela presidência da comissão junto aos líderes”. Seria necessário que apenas dois deputados mudassem seus votos para que o resultado se invertesse, já que o requerimento foi aprovado por dez votos favoráveis e sete contrários”, escreveu.

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