A Atriz Fernanda Montenegro diz que no governo Bolsonaro “a cultura virou um crime”

A Atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, andava reclusa desde os meados de maio, quando machucou-se seriamente e quebrou as costelas. No entanto, aparenta estar se recuperando bem, apesar de relatar muita dor. Ao chegar na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro, para o lançamento da nova edição da “Revista Brasileira”.  se tornou a grande atração e conversou com admiradores e amigos no local.

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No bate-papo, além de explicar melhor sobre seu acidente e deixar amostra um dispositivo que tem no pulso, que sinaliza diretamente para o seu médico caso tenha alguma emergência, a atriz falou também sobre questões políticas e ambientais do governo de Bolsonaro, comentando sobre o desmatamento da Amazônia.

“Estão acabando com a floresta. O homem é o lobo do homem mesmo”, disse Fernanda, citando a frase popularizada pelo filósofo Thomas Hobbes em “Leviatã”.

Evitando falar especificamente sobre as recentes questões polêmicas envolvendo assuntos como a chamada ”CPI do sertanejo”, que aborda cachês milionários pagos por pequenas prefeituras à cantores, e as críticas do presidente aos artistas que recorrem à Lei Rouanet, Montenegro disse o que pensa sobre os assuntos da atual gestão cultural do país: “O artista virou uma sub-raça neste governo. A cultura virou um crime”.

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