Inscreva-se no Canal Francisco Castro Política e Economia
Uma conta de pelo menos R$ 82,3 bilhões será deixada pelo atual governo para quem assumir a Presidência da República em 1.º de janeiro, afirmou Estadão. Essas contas são resultados de diversas ações do governo. “Sua campanha de reeleição, extremamente cara, tem sido e continuará, nos próximos anos, sendo financiada com recursos públicos. A soma inclui R$ 41 bilhões da parcela complementar do Auxílio Brasil, R$ 12 bilhões do reajuste dos servidores, R$ 1,9 bilhão do auxílio-gás e R$ 27,4 bilhões de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).”
Os valores são de medidas mal planejadas e “improvisadas” do governo bolsonarista, segundo o editorial. Nunca houve, nesse período, um plano de governo, com metas, programas e projetos articulados. Nem a saúde fiscal, uma bandeira sustentada com razoável constância pela equipe econômica, tem sido levada em conta, normalmente, nas decisões do presidente. Mesmo com alguma resistência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acabou geralmente acatando as pretensões de seu chefe”, enfatizou o texto.
O veículo afirmou que algumas decisões de concessões de auxílios e benefícios foram atos positivos do governo, mas nunca ligados a projetos de desenvolvimento na economia do país.
“Algumas decisões, como o pagamento do auxílio-gás às famílias pobres, são defensáveis, mas nunca foram integradas em programas de desenvolvimento econômico e de inclusão social. Nem poderiam ter sido, porque programas desse tipo nunca foram formulados. Tributos foram cortados, ocasionalmente, para conter aumentos de preços ou para beneficiar o sistema produtivo. Mas foram sempre soluções tiradas de algum bolso de colete”, reiterou a publicação.
Além disso, boa parte do mandato futuro pode ser afetado pelas dívidas desses últimos 4 anos. “O quadro poderá ser menos tenebroso, em 2024, se o presidente eleito tiver um plano crível de correção fiscal e de desenvolvimento”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário