sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Olinda proibe homenagens a escravagistas

Foto: Prefeitura Municipal de Olinda.
 A belíssima e histórica Olinda, com suas ladeiras e casario colorido, tomou a dianteira num assunto que tem se tornado cada vez mais espinhoso nos legislativos de todo o país, sobretudo após a onda ultrarreacionária que elegeu Jair Bolsonaro em 2018: Aprovou e colocou em vigor uma lei que proíbe dar o nome de escravagistas e de agentes da Ditadura Militar (1964-1985) a qualquer espaço público do município.


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A lei, aprovada por unanimidade, é de autoria do vereador Vinicius Castello (PT), foi sancionada pelo prefeito Lupércio Carlos (Solidariedade) e já está em vigor. Há várias iniciativas do tipo pelo país, em câmaras de vereadores, assembleias legislativas e até no Congresso Nacional, mas em quase sua totalidade voltadas para o veto de homenagens a torturadores e ditadores do Regime Militar, algumas inclusive aprovadas. No entanto, não permitir menção a personagens escravocratas da História do Brasil é uma iniciativa de vanguarda de Olinda.

“Bom dia pra quem tem tornado Olinda um exemplo pro Brasil! É a primeira câmara do Brasil reparando todo o estrago produzido pela burguesia branca e isso tem sido feito por quem veio da favela! É história. É mudança. É progresso!”, postou Castello em seu perfil oficial no Twitter nesta quinta-feira (17), celebrando os avanços na preservação da memória e na convivência civilizada na Marim dos Caetés.

Para o parlamentar municipal, essa é uma ação que pretende colocar na historiografia do país o papel real dos negros, importantíssimo na construção da nação, e o intuito é que ela sirva a todo o Brasil, sendo a cidade pernambucana apenas o pontapé inicial das mudanças de mentalidade.

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