domingo, 13 de fevereiro de 2022

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, chama Jair Bolsonaro de burro


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, chamou Jair Bolsonaro de burro. Na avaliação do magistrado, o atual governo federal facilitou a vida das milícias digitais. Também aproveitou para dar seu ponto de vista sobre liberdade de expressão.

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Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro foi questionado se o chefe do executivo federal cometeu algum crime em relação ao vazamento da estrutura interna da área de Tecnologia da Informação da Corte. Ele optou por não fazer nenhum julgamento, mas criticou o governante.

“Eu não tenho que julgar. Eu me referi ao relatório da delegada que conduz o inquérito e que tem uma opinião que merece ser respeitada. A delegada tem estabilidade. E isso dá o tom do que de fato aconteceu. Ainda na gestão anterior do TSE, houve uma tentativa de invasão (do sistema)”, comentou.

“Foi instaurado um procedimento sigiloso no TSE, um inquérito sigiloso na Polícia Federal no qual foram requeridas informações sensíveis sobre a arquitetura interna do TSE e esse material foi colocado na rede social do presidente. O presidente facilitou a vida das milícias digitais”, acrescentou.

A reportagem pergunta se o magistrado tem preocupação com as eleições presidenciais. “O TSE assegurará eleições livres, limpas e seguras. A polarização existe em todo o mundo. E a democracia tem lugar para liberais, para progressistas e para conservadores. Ela só não tem lugar para os que querem destruí-la. Acho que já superamos os ciclos do atraso, e não acho que haja risco de retrocesso, apesar de termos tido alguns maus momentos recentes”, destacou.

Quando indagado sobre quais ações representavam “os ciclos do atraso”, ele não se calou. “Comício do presidente na porta do quartel-general do Exército, tanques na Praça dos Três Poderes, a minguada manifestação do 7 de setembro com discursos golpistas de desrespeito a decisões judiciais e ataques a ministros. Tudo isso eu acho que mais revela limitações cognitivas e baixa civilidade do que propriamente um risco real”, detonou.

Veja o link da matéria no jornal O Globo.

Após detonar Bolsonaro, Barroso fala de liberdade de expressão

O ministro também deu sua visão sobre liberdade de expressão. Sem citar nomes, criticou aqueles que fazem apologia ao nazismo. Recentemente, o deputado federal Kim Kataguiri falou que era contra a criminalização da ideologia nazista.

“Liberdade de expressão não é liberdade para vender arma. Não é liberdade para propagar terrorismo, para apologia ao nazismo. Não é ser um espaço para que marginais ataquem a democracia. Portanto, ninguém quer censurar plataforma alguma, mas há manifestações que não são legítimas. É justamente para preservar a democracia que não queremos que estejam aqui livremente plataformas que querem destruir a democracia e a liberdade de expressão”, concluiu.

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