terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

O ministro Barroso afirma que o Bolsonaro terá que respeitar os resultados das eleições

 


Embora tenha voltado com o discurso, sem provas, de que as urnas eletrônicas teriam vulnerabilidades, Jair Bolsonaro será obrigado a aceitar eventual derrota daqui a oito meses, no pleito de outubro. A constatação é do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que passará o bastão do comando do tribunal no dia 22 de fevereiro para seu colega Edson Fachin, encerrando um dos momentos mais tensos da história do órgão. Até agora, pelo menos.

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“Se ele (Bolsonaro) ganhar, os que perderem têm de respeitar a vitória dele. Se ele perder, derrotados têm de respeitar a vitória dos vencedores. A democracia significa que quem perde hoje pode tentar ganhar amanhã e quem ganha hoje pode perder amanhã. Portanto, essa história de que se perder houve fraude não combina com democracia”, afirmou Barroso.

Em entrevista à ao Metropoles, o presidente do TSE contou bastidores do período de ataques por que passou, em que teve de defender a confiabilidade das urnas e lidar com agressões diversas do presidente. Disse não ter se deixado afetar por Bolsonaro.

“Há pessoas que são desencontradas espiritualmente. Como regra geral, eu não dou a elas o poder de mudar minha natureza”, assinalou.

O ministro afirmou não ter expectativa de que o Itamaraty ajude no contato com o Telegram, plataforma que sequer responde às notificações do TSE. Na Alemanha, país em que a pressão fez o aplicativo banir 64 canais de extremistas na semana passada, a atuação do Poder Executivo foi determinante. Sobre um eventual bloqueio no Brasil, Barroso pontuou que o TSE só atuará se provocado.

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