segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

O BNDES emprestou R$ 29 milhões para fazendeiros que desmataram a Amazônia


Segundo uma matéria do Repórter Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o banco John Deere emprestaram quase R$ 29 milhões para fazendeiros que desmataram a Amazônia. Eles receberam empréstimos com dinheiro público a juros subsidiados para comprar tratores e outras máquinas agrícolas.

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Os empréstimos foram concedidos pelo BNDES e operados pelo John Deere, braço financeiro da fabricante de máquinas que o controla e que vendeu os tratores.

Ao todo, foram financiados R$ 28,6 milhões em maquinário para cinco produtores com embargos em seu nome emitidos pelo Ibama por desmatamento.

A reportagem apurou que o Banco Central impede a concessão de crédito rural para determinadas áreas – como propriedades na Amazônia. O problema é que há algumas brechas nisso, como o fato de não haver restrições para donos destas áreas obterem empréstimos para outras fazendas que estejam em seus nomes.

Ainda segundo o Repórter Brasil, alguns empréstimos foram feitos justamente para donos de áreas embargadas. Até mesmo produtores que deram calote no Ibama foram financiados.

Amazônia: Ipam aponta para níveis alarmantes de desmatamento

Nova nota técnica do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) aponta a explosão do desmatamento em terras públicas federais na Amazônia desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), diz a Folha de S.Paulo.

Essa destruição que atingiu um alarmante patamar, dizem os pesquisadores ouvidos pela entidade nessa nova nota técnica. Mais um alerta da destruição que vem sendo promovida na Era Bolsonaro.

Cientistas do instituto, uma organização não governamental, mostraram que a média anual de perda de floresta amazônica foi 56,6% maior, de 2019 a 2021, em relação ao período anterior ao governo Bolsonaro, de 2016 a 2018.

Já era observada uma tendência de crescimento do desmate, e períodos eleitorais, como 2018, tendem a registrar maiores taxas de destruição.

De 2019 até 2021, mais de 32 mil km² de floresta foram ao chão, o equivalente a cerca de 21 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Dados utilizados pelos cientistas são provenientes do Prodes, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que aponta anualmente o desmate de biomas nacionais.

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