Foto: Agência Brasil
Ele deixou em aberto a possibilidade de abrir mão do cargo para cuidar, em nome da legenda, das negociações de alianças e da formação de federações neste ano.
“Essa atribuição é transitória. Coordenação (de campanha) não é emprego. Minha função política é ser o presidente nacional do partido. É um mandato. E recebi confiança de todos os grupos políticos que fazem a legenda”, disse, abrindo a crise.
Apoiadores do governador têm dito que Araújo deveria defender mais o governador publicamente e dar entrevistas em reação à pressão interna contra a candidatura do paulista. No último levantamento do Instituto Datafolha, Doria aparece com 4%.
Antes restritas aos bastidores, as cobranças a Araújo foram tornadas públicas pelo deputado federal Alexandre Leite (União Brasil) em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Nela, o deputado acusou o presidente do PSDB de “sabotar” Doria. O deputado é filho de Milton Leite, influente político paulista — ambos são aliados dos tucanos em São Paulo e devem apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia na campanha ao governo.
Araújo, que deve se encontrar com Doria neste fim de semana, ironizou as críticas de Leite: “Vou conversar com o governador, quem sabe Alexandre Leita não ajuda nessa empreitada. Não posso perder o foco nas atividades do partido, como as federações e coligações por todo o Brasil”.
O clima entre Araújo e aliados de Doria azedou no último dia 13, quando um grupo de ex-presidentes tucanos que se opõe ao paulista se reuniram em Brasília junto com o governador gaúcho, Eduardo Leite, para minar a candidatura de Doria. O paulista classificou o encontro de “jantar de derrotados”.
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