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Na semana passada, a Anvisa deu autorização para que o imunizante da Pfizer seja aplicado na faixa etária entre 5 e 11 anos. A decisão, no entanto, foi atacada por Jair Bolsonaro. Até agora, o Ministério da Saúde ainda não começou a nova etapa da vacinação.
Uma das principais mentiras que circulam sobre os efeitos do imunizante em crianças é a de que a proteína spike seria responsável por danos permanentes no corpo, como câncer e problemas de fertilidade.
Bia Kicis publicou em suas redes sociais um vídeo em que aparece ao lado do médico José Nasser defendendo essa tese. A postagem foi compartilhada mais de 11 mil vezes e teve 91 mil visualizações. Nasser cita efeitos colaterais graves relatados por Robert Malone, que contribuiu no desenvolvimento da vacina com RNA mensageiro.
O pesquisador realmente fez acusações sobre a vacina, mas nenhuma delas diz que a proteína spike seria prejudicial ao corpo humano, diz a Folha.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, repostou um texto publicado pela médica Mayra Pinheiro em seu Instagram, em que ela afirma que as vacinas da Pfizer não foram testadas adequadamente em crianças.
“Estudos da vacina em crianças são escassos, não têm boa qualidade metodológica e não demonstram a eficiência da mesma em reduzir doença e morte nessa população”, diz a publicação que conta com mais de 4.500 compartilhamentos.
Os estudos que já foram publicados contam com uma metodologia de qualidade, sendo reconhecidos pela OMS. A farmacêutica Pfizer vem conduzindo ensaios clínicos com crianças nos Estados Unidos, na Finlândia, na Polônia e na Espanha.
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