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Essa é a opinião de 65% dos entrevistados, contra 30% que acham que Bolsonaro cuida bem do Brasil. Não souberam responder 5% dos pesquisados.
A pesquisa foi realizada de 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas, em 191 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
A opinião dos brasileiros sobre este tema espelha a avaliação geral que têm com relação ao desempenho de Bolsonaro, com grupos de maior renda e escolaridade fazendo um juízo mais positivo do presidente e o oposto ocorrendo entre os mais pobres e com menor grau de instrução.
No segmento mais pobre, dos que têm renda mensal de até dois salários mínimos, o percentual do que dizem que Bolsonaro cuida mal do Brasil vai a 70%.
No outro extremo, o grupo dos que têm renda mensal maior do que dez salários mínimos, 43% acham que o presidente cuida bem do país.
A pesquisa também confirma que um dos segmentos em que Bolsonaro desperta maior simpatia é o dos empresários, o único em que mais pessoas avaliam que ele cuida bem do país do que o inverso.
A avaliação positiva neste quesito é feita por 54% dos empresários entrevistados, contra 44% dos que acham que Bolsonaro não trata bem do Brasil.
Já para os desempregados que procuram emprego a opinião é radicalmente diferente, com 71% dizendo que Bolsonaro cuida mal do país e 27% avaliando que faz isso bem.
O Datafolha também perguntou na pesquisa qual a avaliação dos brasileiros sobre o principal problema hoje no país.
Assim como em levantamentos anteriores, a saúde foi apontada como a maior preocupação, para 24% dos entrevistados.
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É uma situação de estabilidade dentro da margem de erro na comparação com a última pesquisa, de setembro, quando esse número era de 22%.
Historicamente, este é o tema que mais desperta ansiedade nos brasileiros, mesmo antes da pandemia. Em dezembro de 2019, pouco antes de a crise sanitária começar, a saúde já era apontada como o problema mais grave, para 19%.
Em seguida, o desemprego e a economia ficaram empatados em segundo lugar como a maior preocupação no país, com 14% e 12% respectivamente.
Uma das mudanças mais expressivas no rol de temores dos brasileiros ocorreu em relação à fome, considerado o maior problema para 8% dos entrevistados, número que vem crescendo, na esteira do aumento da inflação e do desemprego.
Há um ano, eram apenas 2% os que colocavam esse ponto como o de maior inquietude.
A fome aflige especialmente os mais velhos, vista como a principal preocupação por 12% dos que estão na faixa etária com mais de 60 anos de idade. Entre os aposentados, chega a 13%.
Em seguida no ranking das maiores preocupações registradas pelo Datafolha aparecem inflação e educação, ambas com 7%, corrupção (4%) e segurança (3%).
No caso da inflação, que se mantém no patamar anual de dois dígitos e não dá sinais de arrefecimento, é a maior causa de aflição para 11% dos que estão no grupo de menor instrução, aqueles que completaram apenas o ensino fundamental.
Isso provavelmente é reflexo do fato de que um dos principais componentes da alta de preços está no setor alimentar, o que atinge desproporcionalmente os de menor poder aquisitivo.
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