terça-feira, 22 de novembro de 2022

Levantamento mostra que a força do Bolsonaro nas redes sociais está definhando


Recluso desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) está afastado, também, de um dos seus principais campos de atuação: as redes sociais. Conforme levantamento feito pela MAP – Mapeamento, Análise e Perspectiva, a presença de Bolsonaro nas redes entre os dias 10 e 16 de novembro foi de apenas 6,4%, o equivalente a 294,8 mil publicações. Em uma comparação com o mês de outubro, durante a campanha eleitoral, o presidente somou mais de 41,9 milhões de postagens – mais de 10 milhões por semana. A análise é feita com base em citações, menções envolvendo o atual presidente da República.

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Entre as justificativas apontadas pelos pesquisadores para a queda do desempenho de Bolsonaro estão a “reclusão do próprio presidente e de todo o staff que vinha apoiando-o na campanha e fora dela, incluindo influenciadores digitais”. Desde a derrota, em 30 de outubro, Bolsonaro deixou de realizar até mesmo suas tradicionais “lives” de quinta-feira no Facebook, onde conversava com seus eleitores sobre temas diversos. Para além das redes sociais, o presidente também deixou de fazer qualquer aparição pública, à exceção do breve pronunciamento realizado dois dias após a derrota.

Do outro lado, Lula registra aumento na presença em redes sociais, por meio de menções, após a vitória no segundo turno das eleições. O petista soma 19,6% de participação no mesmo período analisado, o equivalente a 904,9 mil postagens entre 10 e 16 de novembro. No mês passado, o presidente eleito somou 21,9 milhões de posts, pouco mais da metade do desempenho apresentado por Bolsonaro.

A análise do instituto ainda aponta que há “recuo na atividade das bolhas bolsonaristas e lulistas”, sinalizando um novo cenário pós-eleitoral. A presença daqueles que o MAP chama de “nem nem” ampliaram sua presença nas redes de 27% para 57%, impulsionando temas como o combate ao racismo. Esse novo cenário aponta também para uma menor polarização política dos debates, que caiu de 81% durante as eleições para 33% na última semana analisada.

O MAP leva em consideração uma mostra diária extraída de 1,4 milhão de posts em contas abertas do Twitter e do Facebook. Curtidas, comentários e encaminhamentos também são usados para medir o engajamento das postagens.

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