“O presidente está fazendo o jogo do vírus. Quando ele sai e leva seus seguidores para o meio da praça, ele está fazendo o jogo do vírus. Expõe as pessoas ao vírus: os resistentes sobrevivem e os outros morrem”, declarou.
Ele disse acreditar também que o Brasil chegará à triste marca diária de 5 mil óbitos devido ao novo coronavírus.
“Estamos num momento em que a velocidade de transmissão ainda é muito alta. Os especialistas apontavam que estávamos caminhando para isso, mas a opinião geral da população não era essa. E então cruzamos a casa dos 2 mil, já passamos da casa dos 3 mil, estamos indo para os 4 mil e vamos chegar a 5 mil mortes por dia”, pontuou Dimas ao jornal Valor Econômico.
Para Dimas, a vacina é um recurso adicional no combate à pandemia. O diretor frisa que é urgente a diminuição da transmissão. E enfatiza: “A transmissão será diminuída com a tomada de medidas amargas de afastamento social”.
Ele considera que o ideal para controlar a pandemia é “colocar toda a população por 14 dias dentro de casa”, embora entenda que esse seja o desafio atual. “Não se pode, por princípio, dizer que é impossível. Porque, assim, estamos admitindo que vamos continuar tendo esse número de casos, de internações e de óbitos”, ponderou.
Dimas ainda explicou que, para que isso ocorra, é necessário coordenação na política geral do país, no combate à pandemia. E que somente assim será possível uma estabilização efetiva de casos e mortes por Covid-19.
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