O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro entrou com uma ação nessa quarta-feira, 03 de fevereiro, no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir ao ministro Edson Fachin a cassação da decisão do ministro Ricardo Lewandowski que concedeu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso a mensagens trocadas entre Moro e procuradores da Operação Lava Jato, acessadas por hackers e apreendidas na Operação Spoofing.
A Reclamação endereçada a Fachin, assinada pela mulher do ex-juiz, Rosângelo Wolff Moro, afirma que o diálogo em que Moro consulta o procurador Deltan Dallagnol sobre se os procuradores já tinham uma “denúncia sólida” contra Lula tinha o intuito de “proteger” o ex-presidente de possíveis “acusações levianas”. Como resposta, Dallagnol explicou em linhas gerais o conteúdo da acusação a ser feita contra o petista e Moro respondeu: “ok. grato pela descrição”.
A troca de mensagens, em 23 de fevereiro de 2016, foi revelada por VEJA com exclusividade na última quinta-feira, 28, depois de Lewandowski ter colocado sigilo sobre a ação em que a defesa do petista incluiu o material. “Ora, o juiz perguntar ao procurador se ele tem elementos para denunciar é meramente um cuidado retórico para advertir ao Ministério Público de que não deve oferecer acusações levianas, isso para proteger o acusado e não para prejudicá-lo”, alega o documento.
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