Um dos porta-vozes do fundamentalismo da Globo, antipetista, o jornalista Merval Pereira disse nesta quinta-feira (11) que a reação política –das vítimas– enfraquece a Lava Jato e faz Lula passar à frente na guerra das narrativas. É verdade.
Nos últimos sete anos, a força-tarefa da Lava Jato, como comprovou a Operação Spoofing, cometeu toda a sorte de crimes para supostamente investigar outros crimes.
O julgamento sobre o acesso da defesa de Lula às mensagens em que procuradores e Moro combinaram suas atrocidades, cujo resultado de 4 votos a 1 favorável ao petista, sinalizou que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá reconhecer a suspeição do ex-juiz e anular a sentença no caso tríplex logo após o Carnaval.
A preocupação da Globo, além da absolvição de Lula, é com os conteúdos das mensagens. Nos arquivos de 7TB –um oceano de informações preciosas– há material suficiente para implodir vinte emissoras iguais à TV Globo e mandar todos os ex-integrantes da falecida Lava Jato para a prisão de “Guantánamo”, nos EUA, como sugeriu o ex-prefeito Fernando Haddad numa entrevista ao programa de extrema direita Manhattan Connection.
A falta de crítica no jornalismo, da Globo e de outros, mostrou um servilismo imbecilizado à Lava Jato.
A Globo reage mais para justificar às suas fontes que está “lutando”, mas sabe que já perdeu essa guerra das narrativas.
O saldo disso tudo é desmoralização do judiciário, criminalização da política e da atividade empresarial. Em suma, a destruição da indústria pesada brasileira e a produção de milhões de desempregados –antes mesmo da pandemia.
A Petrobras, a quem os procuradores da Lava Jato diziam defender, praticamente não existe mais. Eles a destruíram. Os braços da estatal de petróleo continuam sendo decepados por uma criminosa privatização cujo resultado é a dependência nacional da importação de combustíveis do estrangeiro. Melhor para os gringos, claro.
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