domingo, 5 de setembro de 2021

Bolsonaro usou quatro dias úteis para convocar atos golpistas de 7 de setembro

 

                                                                              Foto: Divulgação
Jair Bolsonaro (sem partido) usou quatro dos últimos seis dias úteis para fazer convocações pró-atos antidemocráticos de 7 de setembro. Às vésperas das manifestações, o chefe do Executivo fez seus posicionamentos e inaugurações, viagens e lives. Ele também chegou a "matar" metade do expediente em duas datas para fazer motociatas de "esquenta" com apoiadores.

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Bolsonaro cumpriu o expediente completo no Palácio do Planalto em apenas dois dos últimos seis dias úteis. O "abandono" do escritório desde a sexta-feira (27) foi inaugurado com uma motociata com apoiadores em Goiânia.

O presidente foi à capital de Goiás pela manhã, cumpriu agendas que somaram 1 hora e 50 minutos e encerrou o expediente. Durante a tarde, participou do evento com motoqueiros, deputados e até integrantes do governo.

O evento foi encarado como um dos "esquentas" para o 7 de setembro na agenda do presidente. Deputados federais e estaduais e líderes de movimentos bolsonaristas locais acompanharam o presidente no passeio em Goiânia com discursos e faixas de apoio à presença da população nos atos do Dia da Independência.

Na segunda-feira (30), Bolsonaro voltou ao escritório e cumpriu o dia de trabalho normalmente. A rotina do trabalho em Brasília foi interrompida por uma nova viagem e por um novo encerramento do expediente antes da hora do almoço.

Na terça (31), participou de evento de 1 hora e 30 minutos em Uberlândia (MG) e novamente "enforcou" o período da tarde para motociata com apoiadores. Na cidade mineira, o presidente também falou sobre a importância da presença de seus apoiadores nas manifestações.

O presidente começou o mês de setembro viajando novamente. No dia 1 deste mês, ele foi pela manhã ao Rio de Janeiro para cerimônia com atletas olímpicos que ganharam medalhas nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. Bolsonaro entregou aos esportistas uma medalha com o próprio rosto. Em discurso, ele disse para Hebert “meter a porrada neles aí” e fez menção ao armamento de civis, o que vem sendo estimulado por seu grupo político.

"Com flores, não se ganha guerra. Se você fala em armamento… se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse.

No retorno, fez reunião de 50 minutos com Pedro César Sousa, sub-chefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República. A atividade também teve tom de "campanha" pró-manifestações.

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