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“Você sabe que hoje eu trabalho pelo sistema semipresidencialismo. Pelo fundamento, o impeachment é sempre um transtorno. Você sabe que cheguei ao poder em função de um impedimento. Mas eu reconheço que, toda vez que há um impedimento, há um trauma institucional. É por isso que optei pela mudança do sistema de governo”, contou.
Depois dos atos antidemocráticos de 7 de setembro, Temer passou a acreditar que poderia ter um impeachment. Por causa disso, ele aceitou em conversar com Bolsonaro e escrever a carta. “Eu sentia um clima muito negativo no país. Evidentemente, eu não poderia me omitir. Eu vi naquilo um momento que poderia distensionar as questões todas”, relatou.
“Eu não me arrependo minimamente do que fiz. Não pensei [em ‘salvar’ Bolsonaro de impeachment]. Eu pensei em distensionar o país”, concluiu.
Confira o vídeo:
Temer perdeu seguidores após zombar de Bolsonaro
O ex-presidente Michel Temer perdeu popularidade digital após zombar de Jair Bolsonaro em jantar com a elite. Quando ajudou o presidente com a carta de arrego, teve um crescimento nas redes sociais. Após o vídeo viralizar, entretanto, derrubou a imagem que tinha turbinado dias antes.
Segundo levantamento da consultoria Quaest, o ex-presidente marcava 18 pontos antes da carta. Após o evento, chegou a 40. A alta durou pouco, no entanto, e voltou aos 20 pontos.
A Quaest mede uma série de 152 variáveis que vão desde citações em buscadores, até seguidores nas redes e taxas de engajamento, como seguidores, comentários, likes e views, segundo a coluna de Malu Gaspar no Globo.
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