segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Delegado usava armas, homens, viaturas e aeronaves da Polícia para gravar vídeos para canal dele


 Indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil por suspeita de crime de peculato, o delegado Carlos Alberto da Cunha, 43 anos, contratou um cineasta para gravar as operações que comandava. Os vídeos eram editados e publicados no seu canal no Youtube Delegado Da Cunha.

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O delegado admitiu ao colunista Josmar Jozino, do UOL, ter contratado Jay Maas Salinas, 34 anos, que também é roteirista. O policial afirmou que está tranquilo e que as acusações contra ele são absurdas. Da Cunha disse que não monetiza os vídeos.

Em agosto, um inquérito policial investigou Da Cunha pelo uso de estrutura da Polícia Civil, como armas, homens, viaturas e aeronave, para gravar vídeos de operações policiais que ele comandava. Os vídeos eram publicados no seu canal de vídeo, que tem 3,6 milhões de inscritos.

Indiciamento

Em setembro, Da Cunha foi indiciado por crime de peculato – quando um funcionário público desvia dinheiro ou bens em benefício próprio ou de terceiros, em razão do cargo que ocupa. A pena varia de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.

O delegado também é alvo de apuração preliminar por suspeita de ter simulado o resgate de um refém e a prisão de um sequestrador na zona leste para gravar um vídeo.

O policial é dono do maior canal policial brasileiro no YouTube. Ele foi afastado das operações de rua e teve armas e distintivo recolhidos em julho, após ter chamado policiais de “ratos”. Em seguida, ele tirou férias, se afastou do órgão e se filiou ao MDB. Agora, ele diz que vai fazer reportagens investigativa para cobrar providências das autoridades.

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