sábado, 6 de março de 2021

Cientistas são unânimes em afirmar que o Bolsonaro ajuda o vírus da Covid-19


O Brasil enfrenta o período mais grave do surto de covid-19 desde o início da pandemia, decretado em março de 2020, enquanto o presidente Jair Bolsonaro desdenha da maior crise sanitária da humanidade em mais de um século. Mais que isso, trabalha para sabotar o controle da pandemia e evitar a morte de centenas de milhares de brasileiros.

A intensidade do negacionismo no Brasil é um caso único no mundo. “O momento é de extrema gravidade. Nunca tivemos uma coordenação nacional adequada. Temos uma pessoa que é sócia do coronavírus neste posto principal. Isso cria uma dificuldade para os coordenadores, prefeitos, para o SUS. Seja pelo discurso e práticas que nos impede de termos eficiência no controle da pandemia”, afirma o pneumologista da Universidade de São Paulo (USP) Ubiratan de Paula Santos.

Ao apontar a natureza criminosa da condução do governo de Jair Bolsonaro da crise sanitária provocada pela covid-19, Flávio Dino ressaltou a “cultura da morte” instalada no país nos últimos anos. “Temos um projeto ao redor de uma necropolítica, o ódio elevado que se transforma em apologia à morte (…) Vemos um combate do governo federal contra a prevenção. Se o presidente difunde que o uso de máscaras faz mal, temos que presumir que todos os profissionais de saúde são suicidas provocando dano às suas próprias saúdes”, disse .

“O que vemos não é algo que possa ser adjetivado como erro. É algo criminoso contra a nação brasileira. Digo isso como professor de direito constitucional. Estava presentes, inclusive, elementos de intencionalidade para provocar danos. Existe dolo eventual, o agente assumiu o risco do resultado danoso, conscientemente, deliberadamente”, completou o governador.

Por sua vez, a procuradora e vice coordenadora do Grupo de Trabalho da covid-19 do Ministério Público do Trabalho (MPT), Márcia Kamei Aliaga afirmou que Bolsonaro usa a mentira como aliada para seguir em sua condução desastrosa da pandemia no país. ” Existe uma questão psicológica. O arrastamento da crise por um período tão longo. A profusão de informações desencontradas no campo da medicina. Não me refiro às instituições sérias, mas às que promovem as fake news. Os discursos politiqueiros nos leva a um esgotamento mental. Diante disso, a percepção da crise mudou, a aderência ao isolamento mudou”, disse.

Além da maldade apontada como intencional de Bolsonaro como presidente frente à mortandade de brasileiros por covid, outra unanimidade entre os participantes do debate da Fespsp é a necessidade de lockdown rigoroso no país.

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