domingo, 28 de março de 2021

Os financistas brasileiros estão abandonando o Bolsonaro e não irão votar mais nele

                                                                   Foto: Divulgação
Os financistas da Faria Lima, em São Paulo, começam a abandonar o projeto neofascista de Jair Bolsonaro, que vem destruindo a economia, a saúde e a imagem do Brasil. O primeiro grande nome a assumir seu arrependimento é Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde. "Certamente, o Brasil foi o pior país do mundo na condução do combate à pandemia. Se fosse possível dois países terem regimes opostos nas políticas de combate à pandemia, eu diria que seriam a China e o Brasil", disse ele em
 entrevista à jornalista Cristiane Barbieri, publicada no jornal Estado de S. Paulo. O empresário atribui a mudança recente de Bolsonaro à entrada do ex-presidente Lula na cena política.

O gestor diz ainda que Bolsonaro, com sua incompetência, está impondo um custo gigantesco à economia brasileira. "O custo do atraso é tranquilamente de 1,5% a 2% de perda no PIB este ano, algo em torno de R$ 130 bilhões a R$ 140 bilhões. Se for somado ao custo do auxílio emergencial, pode-se falar numa perda de R$ 200 bilhões no ano. Era muito melhor ter gasto esse dinheiro em vacinas", afirma.

Ele também prevê um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. "Para mim, existe 90% de certeza de que o segundo turno no ano que vem será disputado entre Bolsonaro e Lula. Está longe, mas já se começa a pôr probabilidade no preço dos ativos, nos juros. Não se sabe qual Lula teremos em 2022: o do PT da última eleição, mais à esquerda, ou o de 2003 a 2008", afirma o empresário, que disse ainda não votará em Bolsonaro. "Nunca, na minha vida, votei em branco, porque sempre acho que existe um mal menor. Dessa vez, se for Bolsonaro contra Lula, vou ter de votar em branco, porque não há mal menor entre os dois. É um recado para o presidente, no sentido de que melhore, porque há muitas pessoas e eleitores que pensam como eu."

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