terça-feira, 23 de março de 2021

Martinho da Vila diz que os raivosos e negacionistas estão crescendo muito, mas temos que resistir

                                  Martinho da Vila. Foto: Divulgação
Da F5

Martinho da Vila, 83, falou sobre os mais de 50 anos de carreira durante participação na websérie documental Pelas Quadras do Samba, do canal Papo de Música. O sétimo episódio, comandado pela jornalista Fabiane Pereira, entra no ar no YouTube na terça-feira (23). (…)

Durante a pandemia, o músico disse que tem tentado manter a positividade. “Nós estamos num momento em que os negacionistas, os raivosos, os pessimistas estão crescendo muito, mas a gente tem que resistir, porque cada ação gera uma reação”, afirmou. “Uma ação boa gera uma reação boa, então nós temos que ser otimistas. Os otimistas foram os que mudaram o mundo.”

O músico lembrou que suas composições sempre trouzeram temas políticos, mesmo que não seja de forma explícita. “A maioria das minhas músicas, dos meus sambas e das coisas que falo estão envolvidas com o fator político”, disse.

“Se eu contar simplesmente uma história, já entra política no meio”, contou. “Os sambistas, mesmo os mais românticos, trazem ali embutido uma mensagem. É difícil ter um samba alienado.”

Contudo, ele acredita que esses temas devem aparecer de forma natural na obra. “O compositor não pode pensar em fazer um ‘samba político’. Ele tem que se preocupar em fazer uma música, uma composição boa que tenha as coisas principais: riqueza melódica e poética, e, a partir desse parâmetro, ele pode falar que tal música pode ser de tema político”, avaliou. (…)

Nenhum comentário:

Postar um comentário