Aos 80 anos, ele já foi procurado pelo presidente para trocar ideias. E disse que, se Bolsonaro quiser saber sua opinião sobre a pandemia, fará a sugestão de que ele convoque uma entrevista coletiva, reconheça erros, defenda vacinação em massa e aceite políticas de isolamento social. O novo mantra do governo deveria, segundo ele, ser “unidos e vacinados”.
“Se o presidente toma uma atitude dessa natureza, o povo se tranquiliza. Ele manda um sinal”, disse Temer em entrevista ao Estadão.
“Não dá para ignorar a pandemia, que está num ritmo e velocidade assustadores.” Para Temer, a lógica da preservação da economia é compreensível, mas não pode vir antes da saúde.
“Eu sempre digo, a economia pode ir mal nesse momento. Mas ela se recupera. A vida você não recupera. Vai embora e não volta. Dou sempre um exemplo. Quando assumi o governo, o PIB era negativo, em maio de 2016. Era menos 3,6%. Um ano e seis meses depois, em dezembro de 2017, estava em 1,3%. Portanto, a economia você recupera. Então eu acho que o grande combate, agora, é contra a pandemia. Essa sugestão modesta que faço poderia pacificar um pouco o País. Com isso feito, ele terá uma unidade e dará a sensação de pacificação. O pacto do unidos e vacinados pode produzir essa ideia de pacificação do País”.
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