Eduardo Pazuello e senador Fabiano Contarato (Foto: Agência Senado)
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou ao general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, que tanto ele como Jair Bolsonaro serão processados por genocídio. Foi durante a sessão no Senado convocada nessa quinta-feira (11) para o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prestar esclarecimentos a respeito do caos estabelecido pelo governo federa no combate à pandemia.
“A digital de vocês dois estão nessas mortes. E eu tenho fé em Deus que tanto você, quanto o presidente da República, irão responder por genocídio. Seja aqui no Brasil, seja no Tribunal Penal Internacional”, disse Contarato.
Com tom muitas vezes agressivo, Pazuello negou diversas vezes, durante a sessão no Senado, que sabia da crise da falta de acesso à oxigênio estabelecida em Manaus no início de janeiro.
No entanto, na semana anterior ao colapso do sistema de Saúde na capital, no dia 10 de janeiro, Pazuello visitou Manaus e orientou a todos os profissionais de saúde e a prefeitura aplicarem o "Kit Covid" que contém cloroquina, nos pacientes.
"Nós temos verificado que a maioria dos estados, a grande maioria, está [em situação] estabilizada ou descendente, e nós estamos muito focados nos estados em que a curva está em elevação e apoiando em tudo o que for necessário”, disse ele durante a visita, omitindo qualquer questão envolvendo o colapso que se avizinhava.
Com a falta de cilindros de oxigênio, o caos se estabeleceu na cidade na segunda quinzena de janeiro e diversos moradores fizeram filas para terem acesso ao valioso item. As cenas de desespero viralizaram pelo mundo e artistas como Whindersson Nunes, Tatá Werneck e Gustavo Lima, entre outros, entraram em ação para ajudar o estado, negligenciado pelo governo.
Além dos artistas, o governo de Nicolás Maduro, tratado como inimigo número um por Bolsonaro, também entrou em cena e enviou ao Brasil caminhões com cilindros de oxigênio.
Além da convocação no Senado, Pazuello também é alvo de inquérito no STF que investiga se houve omissão do ministro em relação à crise sanitária no Amazonas. Na semana passada, ele prestou depoimento à Polícia Federal.
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