terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Kennedy Alencar diz que o maior vitorioso não é Bolsonaro, mas o Centrão

 


No curto prazo, os resultados das eleições para os comandos da Câmara e do Senado são bons para o presidente Jair Bolsonaro. O efeito imediato é tornar mais distante um eventual impeachment e enfraquecer adversários no campo político que vai da centro-direita à extrema-direita.

Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) venceu no primeiro turno com 302 votos. Baleia Rossi (MDB-SP) teve apenas 145 votos, o que revela um alto grau de traição de legendas como DEM e PSDB. No Senado, Rodrigo Pacheco ganhou fácil de Simone Tebet (MDB-MS) placar de 57 a 21.

As alianças de Bolsonaro com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco ocorreram porque Bolsonaro se enfraqueceu em dois anos de poder. Ele precisou compor com o Congresso para se segurar no Palácio do Planalto. Nesse contexto, o maior vitorioso não é Bolsonaro, mas o Centrão.

(…) Com Lira na Câmara e Pacheco no Senado, Bolsonaro passa a imagem de que poderá ter apoio de partidos conservadores em 2022. Em 2018, deu certo concorrer como um aventureiro. Com um governo real e ruim a defender numa eleição, disputar com chance em 2022 dependerá de alianças políticas que Bolsonaro esnobou quando estava forte.

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