Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT). Foto: Ricardo Stuckert
Em entrevista exclusiva ao Brasil Independente, Ciro Gomes classificou como difícil uma aliança com o PT para as próximas eleições, com um vice do partido na sua chapa, mas não descartou a ideia. “Muita coisa ainda pode acontecer até 2022”. Após o recente levantamento do sigilo das mensagens de membros da Lava Jato pelo STF, aumentaram as possibilidades de que o julgamento de Lula por Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá seja anulado, restaurando os direitos políticos do ex-presidente. Uma chapa Ciro-Lula tem sido aventada no meio político, principalmente depois da vitória na Argentina do peronista Alberto Fernández com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice em 2019.
Para o ex-ministro e vice-presidente nacional do PDT, é fundamental a criação de uma aliança de centro-esquerda para vencer as eleições e recolocar o país no caminho do desenvolvimento. Ciro também não descarta a viabilidade do impeachment de Bolsonaro após a eleição do candidato apoiado por ele, Arthur Lira, para a presidência da Câmara. “Ele não resistiria a uma pressão popular muito forte”, avalia. “Cabe ao povo brasileiro seguir na luta e se levantar contra o pior presidente da história do país.” (…)
Acredita que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro tem chance de prosperar agora, com a eleição do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP)? A parte jurídica já está dada. Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade, principalmente na condução genocida da pandemia. O novo presidente da Câmara é ligado a tudo que não presta, inclusive Bolsonaro. Mas ele não resistiria a uma pressão popular muito forte. Cabe ao povo brasileiro seguir na luta e se levantar contra o pior presidente da história do país.
Qual é a chance de uma aliança com o PT para as eleições de 2022? Aceitaria um vice do PT, como Lula, Fernando Haddad ou Jaques Wagner? É improvável que isso aconteça. Mas muita coisa ainda pode acontecer até 2022.
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