segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Agora o governo Bolsonaro vai: O Bolsonaro tem um novo conselheiro, o Collor de Mello

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em solenidade no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse: “Hoje, estávamos reunidos com a equipe econômica do Paulo Guedes, vendo a questão do impacto desse novo reajuste do combustível, ao qual nós não temos como interferir e não pensamos em interferir na Petrobras, e apareceu o senhor Fernando Collor, ali, para tratar de um outro assunto, em um outro local, convidamos (ele) para a reunião. Ele participou de grande parte da mesma. E nos deu sugestões, sugestões bem-vindas e acolhidas por nós. E dessa forma, vamos governando”.

Alvo de mais de 60 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro questionou nesta segunda-feira, 8, quem poderia assumir seu lugar e o efeito prático do seu afastamento.

“Agora vem os outros: ‘impeachment’. Vai resolver o quê? Quer tirar a mim, quer botar quem no lugar? Quer botar quem no lugar?”, indagou em conversa com apoiadores, após citar aumento nos preços de combustíveis e de itens da cesta básica. No caso de impedimento de Bolsonaro, o vice-presidente, Hamilton Mourão, assume o cargo.

Sem citar o vice, com quem mantém uma relação conflituosa, Bolsonaro disse que esse “quem” podia se apresentar para ajudar com soluções para o País. “Eu tenho humildade para acolher qualquer sugestão, qualquer uma, seja qual for, a gente estuda”, acrescentou o presidente.

Apesar de acumular conflito com Bolsonaro, Mourão tem dito ser contrário ao impeachment. “Aqui no Brasil qualquer coisa é impeachment, né? Deixa o cara governar, pô!”, disse ele em entrevista ao Estadão no mês passado.

O vice, contudo, já se queixou pelo fato de não manter conversas frequentes com Bolsonaro e não ser consultado sobre decisões do governo. “Faz falta”, disse ele à CNN Brasil no último dia 26.

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