quinta-feira, 7 de abril de 2022

Polícia omitiu menção ao governo Bolsonaro em escutas sobre capitão Adriano da Nóbrega


A Polícia Civil do Rio omitiu do relatório sobre as escutas telefônicas da Operação Gárgula a menção ao Palácio do Planalto feita por uma irmã do ex-policial militar Adriano da Nóbrega (foto à esquerda), morto em fevereiro de 2020, diz a Folha.

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Ontem, o jornal revelou áudios em que Daniela da Nóbrega afirma a uma tia, após a morte do irmão, em uma operação na Bahia, que soube de uma reunião envolvendo seu nome no Planalto e do desejo de que se tornasse um “arquivo morto".

Esse trecho é classificado como de “prioridade alta”.

Na mesma ligação, houve um diálogo entre outra irmã de Adriano, Tatiana, e a tia. No entanto, há apenas um resumo da conversa.

O texto descreve acusações da irmã de Adriano contra o TJ e que um bicheiro pagou pela absolvição de seu irmão num processo em que era acusado de homicídio de um flanelinha durante uma operação policial. Na gravação, não há referência ao nome do magistrado.

O comentário dos agentes de inteligência, porém, inclui a fala da tia a Tatiana após a conversa com Daniela, atribuindo de forma equivocada a fala à irmã de Adriano.

“Tatiana diz que Daniela sabe de muitas coisas.”

O relatório descreve passagens em que o presidente Jair Bolsonaro é mencionado pelos investigados.

“Pessoal cisma que ele era miliciano. Ele não era miliciano não. Era bicheiro. […] Querem pintar o cara numa coisa que ele não era por causa de coisa política. Porque querem ligar ele ao Bolsonaro. Querem ligar ele a todo custo ao Bolsonaro.”

“Aí querem botar ele como uma pessoa muito ruim para poderem ligar ao Bolsonaro. Aí já disseram que foi o Bolsonaro quem assassinou. Quando a gente queria cremar diziam que e a família queria cremar rápido porque não era o Adriano. Uma confusão.”

A fala é resumida pelos agentes da seguinte forma: “Tatiana diz que querem ligar ele ao Bolsonaro”.

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