quarta-feira, 17 de novembro de 2021

O Bolsonaro está tentando de tudo para comprar a reeleição, não importa o preço


Era bola cantada desde o início deste ano, e aqui foi cantada: ou o governo gasta o que tem e o que não tem para reeleger o presidente Jair Bolsonaro, ou a derrota é certa. Foi o próprio Bolsonaro quem concluiu isso depois de dar-se conta das dificuldades e dar ouvidos às principais feras do Centrão, todas famintas por verbas.

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Paulo Guedes, ministro da Economia, um dia apontado como o Posto Ipiranga do governo, resistiu o quanto pôde, mas se rendeu. Ora, ele mesmo não disse na célebre reunião ministerial gravada que resultou na queda do ministro Sergio Moro que o governo deveria fazer a opção preferencial pela reeleição?

Então, abriu-se a porteira, e a boiada começou a passar. O teto de gastos está prestes a desabar, e o calote no pagamento de dívidas judiciais vencidas (precatórios), coisa julgada pelo Supremo Tribunal Federal, foi aprovado pela Câmara. Agora, cabe ao Senado dizer sim, em parte é certo que dirá. Mas isso só não basta.

Falta espaço no Orçamento de 2022 para que o governo aumente o salário dos servidores públicos, de todos, como promete Bolsonaro, mas Guedes está aí para o quê? Vire-se! Corte despesas. Faça mágica. Não importa que a inflação dispare e que o Banco Central suba os juros para contê-la. Importa, ele bem sabe o quê…

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