O Estadão diz que “o Orçamento de 2021 emparedou Jair Bolsonaro”.
Segundo o jornal, Paulo Guedes recomendou veto parcial e alertou o presidente do risco de impeachment caso a peça seja sancionada integralmente.
Já Arthur Lira, acrescenta a reportagem, afirmou a interlocutores que não vê motivos para a abertura de um processo de afastamento do presidente tendo como base o Orçamento. O presidente da Câmara acha que o ministro da Economia quer fazer “terrorismo”.
De um jeito ou de outro, o Estadão tem razão: Bolsonaro está emparedado.
Para aumentar as emendas parlamentares no Orçamento 2021, o Congresso fez várias manobras contábeis.
O economista Gil Castello Branco, do portal Contas Abertas, chegou a dizer ao G1:
“Achei que foi um verdadeiro ataque ao orçamento pelos parlamentares. Aconteceu de tudo. Teve contabilidade criativa, pedalada fiscal, transferência de despesas para a iniciativa privada. Do ponto de vista orçamentário, foi uma noite para ser esquecida.”
No Estadão, o economista e professor da USP Roberto Macedo escreveu que o Orçamento de 2021 é um caso de contabilidade criativa, em razão do “cancelamento” orçamentário de despesas que deverão ser efetivamente realizadas.
Para Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro, a aprovação do orçamento de 2021 com emendas infladas e manobras para furar o teto de gastos pode resultar na saída da equipe econômica.
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