Walter Casagrande. Reprodução/TV Globo
Leia um trecho abaixo:
Hoje, muitos comentaristas e jornalistas esportivos usam números para mostrar o bom ou ruim desempenho de um time ou de um jogador: tantos porcento de posse de bola, chutes a gol, escanteios, finalizações de fora da área… Tudo no futebol se analisa por números.
Raramente uso números. Não gosto, mas respeito todos os estilos dos comentaristas porque, para mim, não existe o melhor. Existem estilos e visões diferentes de analisar uma partida de futebol.
Onde quero chegar com esse papo?
Estamos atravessando o pior momento desde da divulgação da pandemia. Fevereiro foi o pior mês. Temos o maior números de novos casos e mortes a cada 24 horas. Mais de 255 mil pessoas já morreram, e está tudo funcionando, inclusive o futebol, como se nada estivesse acontecendo.
Se tudo estava fechado e sem esporte desde março do ano passado, quando a situação não era tão crítica, por que agora não se para tudo?
Mas aí vão falar: “Precisa ter jogo para os clubes pagarem os salários dos jogadores, as pessoas precisam trabalhar”.
Tudo isso é verdade e necessário, mas antes de tudo as pessoas precisam estarem vivas. Muitos não respeitaram as recomendações da OMS, os pedidos para não fazerem festas de final de ano, bailes de Carnaval. De nada adiantou para essas pessoas negacionistas, irresponsáveis, sem empatia. Pessoas que não estão nem aí com as mortes pelo Covid-19. (…)
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