Foto: Reuters | ABr
Segundo site Poder 360, que divulgou bastidores da reunião de Bolsonaro e Hajjar na manhã desta segunda-feira (15), o presidente quis saber o que a médica achava da cloroquina, que não tem eficácia contra a Covid-19, e também sobre medidas que restringem a circulação da população para frear os contágios pelo coronavírus.
Ele disse ser contra o fechamento de negócios e a adoção de toque de recolher, casos de São Paulo e Brasília, e dirigiu-se a Ludhmila no seu estilo que mistura franqueza com rispidez: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”.
Em resposta, segundo o Poder 360, Ludhmila afirmou que as medidas de distanciamento mais restritivas deveriam ser tomadas em situações extremas, em locais em que o número de doentes e de mortes exigisse isso. "Pazuello entrou na conversa. Disse que tinha dados diferentes e que os governadores estavam mentindo sobre a taxa de lotação de UTIs (unidades de terapia intensiva) e outras estatísticas. Ludhmila expressou descrença sobre isso", diz o site.
Após reunião nesta segunda-feira (15) com Jair Bolsonaro, a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite para assumir o Ministério da Saúde e ressaltou que se “pauta pela ciência” ao criticar medidas defendidas pelo governo como uso da cloroquina e pregação contra o lockdown.
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