quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Primeira pesquisa do ano de 2022 indica vitória do Lula no primeiro turno


As eleições de 2022, queiram ou não aqueles que temem as consequências políticas de uma polarização deste tipo, serão um plesbiscito sobre tudo que vivemos e sofremos desde o impeachment de 2016.

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É também a primeira cujos dados foram inteiramente abertos, até por conta da legislação eleitoral, incluindo seus custos.

Com 2 mil entrevistas presenciais realizadas entre os dias 6 e 9 de janeiro, a sondagem custou exatamente R$ 252.214,82, pagos pelo banco Genial Investimento, conforme nota fiscal disponibilizada no site do TSE.

A propósito, os responsáveis pela pesquisa Genial/ Quaest fizeram uma live nesta terça para explicar os números:

O histórico mostra que Lula no espantâneo, na liderança isolada, recuperou 4 pontos desde dezembro.

Bolsonaro, por sua vez, tem 16%.

Embora ambos mantenham estabilidade nos últimos meses, é possível identificar a tendência de crescimento do ex-presidente Lula, que tinha 21% na primeira pesquisa da série, em julho, e agora tem 27%, um crescimento de 6 pontos, muito expressivo para um gráfico de espontânea. Lula já chegou a ter 29% em novembro.

Para efeito de comparação, os dois principais candidatos da “terceira via”, Sergio Moro e Ciro Gomes, se mantém estagnados em 1% desde o início da série.

Na estimulada, segundo uma média de todos os cenários, Lula aparece na liderança, com 45%, seguido de Bolsonaro, com 23%. Sergio Moro consolida seu terceiro lugar, com 9%, 4 pontos acima de Ciro Gomes, que pontua 5%.

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Curiosamente, todos os quatro principais candidatos perderam 1 a 2 pontos, mas relativamente o que perdeu mais foi Ciro Gomes, porque é muito diferente cair de 47% para 45%, como experimentou Lula, do que de 7% para 5%. Além disso, Lula vem mantendo um patamar estável desde julho de 2021. Ciro Gomes, não. O ex-governador do Ceará iniciou a série com 11%, e hoje tem 5%.

A explicação para a desidratação de Ciro Gomes não é apenas a entrada de Sergio Moro. Deve-se considerar que é, possivelmente, também uma consequência de sua própria estratégia de marketing.

O Quaest perguntou aos entrevistados qual a sua “segunda opção de voto”, ou seja, qual o candidato que o eleitor poderia votar, caso mude de ideia. Os resultados explicam as dificuldade vividas por Ciro Gomes.

Segundo a pesquisa, 40% dos eleitores atuais de Ciro tem Lula como “segunda opção”. Isso significa que Ciro ainda pode perder para o petista quase metade dos 5% que ainda tem, caso estes eleitores entendam que seu voto será importante para uma vitória do petista no primeiro turno.

Em live hoje, o CEO da Quaest, observa que “o eleitor de Ciro não acredita mais que o seu candidato vai para o segundo turno, então é o que está mais preparado para migrar para outro candidato”. Este candidato seria Lula, que assim tem um potencial de crescer mais alguns pontos percentuais ao herdar  o voto cirista.

Num eventual segundo turno entre Lula X Bolsonaro, 58% dos eleitores de Ciro votariam em Lula, e apenas 16% em Bolsonaro. Interessante notar ainda que 50% dos eleitores de Doria votariam em Lula no segundo turno, contra 23% que votariam em Bolsonaro. Lula ganharia votos até mesmo de eleitores de Sergio Moro: 26% de seus eleitores disseram que votariam no petista no segundo turno, contra 36% que optariam por Bolsonaro.

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