O convite de Eduardo Braga para que Jair Bolsonaro se filie ao MDB não agradou lideranças do partido na Câmara.
Um interlocutor do deputado Baleia Rossi, presidente nacional da sigla, disse que “não tem nexo” o presidente da República virar um emedebista.
Na Câmara, o MDB tenta emplacar Baleia como candidato à sucessão de Rodrigo Maia — em fevereiro do ano que vem –, como o nome do atual presidente, que está em lado oposto ao Planalto.
Em São Paulo, principal colégio eleitoral do país, os emedebistas não toparam lançar Datena como candidato anti-Doria neste ano, para se unirem ao PSDB de Bruno Covas, também em lado oposto ao bolsonarismo na cidade, representado pelo ex-dilmista Celso Russomanno (Republicanos).
Neste ano, Baleia foi chamado algumas vezes ao Planalto para ser cortejado. O partido, porém, oficialmente, decidiu não fazer parte do governo, anunciando “independência” e dizendo que não aceitaria cargos no governo federal.
Em julho, o MDB foi um dos partidos que pularam fora do “blocão” de Arthur Lira, justamente quando o líder do PP na Câmara selou seu casamento com Bolsonaro.
No Senado de Eduardo Braga, de fato, a situação é diferente. Os senadores do MDB Eduardo Gomes e Fernando Bezerra Coelho são, respectivamente, líderes do governo Bolsonaro no Congresso e no Senado. Márcio Bittar é relator dos projetos mais importantes do Planalto atualmente, incluindo o programa assistencial. E Renan Calheiros é um neobolsonarista.
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