quarta-feira, 28 de outubro de 2020

O Ernesto Araújo é detonado pela Folha de São Paulo por ter transformado o Brasil em pária internacional

                                                                   Ernesto Araújo
Da FOLHA:

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, habita uma realidade paralela. Enquanto no mundo as conexões internacionais constituem um sistema de trocas e interdependência, no qual instituições multilaterais atuam para dirimir conflitos, o chanceler brasileiro dedica-se a enfrentar moinhos de vento e tigres de papel.

Em discurso durante cerimônia de formatura de uma turma do Instituto Rio Branco, o ministro, em esforço retórico para defender o governo Jair Bolsonaro e a si mesmo, cometeu a proeza de declarar que, se a atual política externa “faz de nós um pária internacional, então que sejamos esse pária”.

Assombrado por miragens ideológicas da Guerra Fria, Araújo acredita que o objetivo de sua gestão é salvar a pátria das garras do marxismo globalista, ateu e corrupto.

Em seus desvarios, o chanceler afirmou na cerimônia que o presidente Bolsonaro e seu colega e modelo norte-americano, Donald Trump, teriam sido “praticamente os únicos” líderes mundiais a falar em liberdade na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Ao mesmo tempo em que fazia referência velada ao governo ditatorial da China, um de seus inimigos prediletos (e maior parceiro comercial do Brasil), o ministro gabou-se de ter fechado acordos comerciais com países como a Arábia Saudita, nação submetida a regime monárquico absolutista.

(…)

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