sábado, 17 de outubro de 2020

Irmão de policial morta pelo marido, também PM, na Bahia diz que ela sofria agressões desde 2016


Policial Militar foi morta pelo marido na Bahia (Foto: Reprodução/Instagram )

Da UOL:

Assassinada a tiros pelo ex-marido, a soldado da Polícia Militar da Bahia Sylvia Rafaella Gonçalves Pereira, de 38 anos, virou vítima de algo contra o qual sempre lutou: o machismo. O crime, ocorrido em 6 de outubro, teria sido motivado porque o ex, Edson Ferreira de Carvalho, 33, não aceitava o fim o relacionamento, que durou sete anos e terminou em julho.

O suspeito também era policial militar da corporação baiana e se matou logo após tirar a vida de Rafaella, como era conhecida entre os fãs nas redes sociais, a família e os amigos de Ibotirama, onde vivia com as duas filhas, a 664 quilômetros de Salvador.

A policial militar era também influencer digital, com mais de 80 mil seguidores, e comentava em suas redes sociais sobre a equidade entre homens e mulheres. A última publicação sobre o tema é datada de 3 de agosto. Nela, Rafaella escreve que os “homens também precisam colaborar para construir a igualdade de participação de ambos os gêneros”.

"Ela tinha essa bandeira, mas era uma vítima, não conseguia sair dessa situação", diz o irmão de Rafaella, Antônio Neto da Lapa.

O que os seguidores não sabiam é que Rafaella era vítima de agressão física no casamento recém-acabado.

Rafaella e Edson viveram juntos por sete anos, mas, desde 2016, o matrimônio desandou. O então marido era considerado agressivo e bastante ciumento, segundo a família dela. O primeiro caso de violência doméstica sofrida pela soldado teria ocorrido há quatro anos. Um ano depois do fato, nasceu a filha do casal e o relacionamento passou por diversas idas e vindas. 

Segundo a família de Rafaella, o estopim para o basta no casamento ocorreu em julho. Edson a agrediu violentamente e chegou a ser preso em flagrante. O caso gerou uma medida protetiva impedindo que Edson chegasse perto da ex-mulher, mas ele apelava para a filha para desrespeitar a ordem judicial.

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