quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A deputada Joice Hasselman diz que o Bolsonaro protege filho e amigos bandidos


A deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP) voltou a criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), seu antigo aliado, durante a primeira sabatina municipal do SBT News.

“Me distanciei do atual presidente da República porque ele rasgou uma bandeira de combate à corrupção para defender o filho bandido, que pode ser preso a qualquer momento”, declarou a candidata, sem citar a qual filho de Bolsonaro se referia. Ela fazia menção às recentes declarações de Bolsonaro sobre o fim da Operação Lava Jato — “acabei com a Lava Jato”, dissera o presidente no Palácio do Planalto, em tom irônico, dando a entender que não há corrupção em seu governo.

Para Joice, Bolsonaro cometeu um ato falho e perdeu a coerência do combate à corrupção, uma das principais bandeiras do PSL, para proteger familiares e aliados envolvidos em acusações de corrupção em seu governo.

“Onde está a coerência dele? Onde está a coerência de quem garantiu que ia defender a Lava Jato até o fim e que agora admite: ‘Eu acabei com a Lava Jato’? Onde está a coerência de quem me prometeu, e a todos que votaram nele, que jamais faria toma-lá-dá-cá e agora está lá, agarrado no Centrão para defender filhos e amigos corruptos?”, questionou a candidata no debate do SBT News.

Joice também acusou o prefeito e o governador de São Paulo, Bruno Covas e João Doria (ambos do PSDB), respectivamente, de fazerem uma “guerrinha política” em torno da pandemia do novo coronavírus. “Nós tivemos uma incompetência absoluta do prefeito e do governador”, afirmou Joice.

“Os hospitais foram todos fechados e todo mundo que tinha problema eletivo, ou seja, que não era tão grave, ficou na fila. Agora, o que era eletivo não é mais eletivo. Quando eu assumir a prefeitura, vou ver gente que precisava de uma cirurgia simples ter que fazer uma cirurgia mais grave”, afirmou.

Entre as propostas de Joice, se eleita à Prefeitura de São Paulo, está a retomada das aulas antes do início previsto do ano letivo, para compensar os meses perdidos ao longo da pandemia; a criação de um “pronto-socorro do emprego”, para capacitar jovens e mulheres desempregados para o empreendedorismo; e a divisão dos hospitais entre unidades voltadas exclusivamente para o combate à pandemia e outras para o atendimento eletivo.

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