O ex-PM Élcio de Queiroz revelou em delação premiada à Polícia Federal que a metralhadora MP5K utilizada para matar Marielle Franco em 14 de março de 2018 era de propriedade do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A informação sobre a procedência da arma foi passada a Queiroz por Ronnie Lessa, miliciano preso por efetuar os disparos e que à época era vizinho do então pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL, atualmente no PL) no condomínio Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio.
A metralhadora teria sido “perdida” pela corporação após incêndio que atingiu o paiol do Bope e acabou na mão de algum policial que a reformou para, em seguida, vendê-la a Ronnie Lessa.
De acordo com a delação, Lessa não quis vender a arma após o crime com medo de que a mesma fosse descoberta.
Queiroz e Lessa estão presos em Rondônia acusados de participar no assassinato de Marielle Franco.
Élcio de Queiroz decidiu dar uma delação premiada à investigação após desconfiar das condutas de Lessa. O ex-vizinho de Bolsonaro e apontado como autor dos disparos fatais contra Marielle disse que jamais teria feito pesquisas online sobre a vítima.
Queiroz sabia que a declaração é mentirosa e foi isso que o motivou a delatar.
Na delação, ele confessou ter participado do crime, mas reiterou que o autor dos disparos fatais foi Lessa. Também deu mais detalhes do crime.
Ele e Lessa aguardaram a saída de Marielle da Casa das Pretas, no centro do Rio, para seguirem seu carro e matarem a vítima em seguida.
De acordo com a delação, foi pelo Instagram da vereadora que a dupla de matadores chegou ao evento.
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