domingo, 30 de julho de 2023

Ex-ministro do TSE que doou pix a Jair Bolsonaro diz não estar “preocupado”


Neste sábado, 29, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Admar Gonzaga, afirmou ao Estadão que não está “preocupado” com a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizar parte dos R$ 17,1 milhões arrecadados por Pix em sua vaquinha para pagar multas ao Estado de São Paulo. O montante recebido pelo ex-presidente foi registrado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à CPMI em 8 de Janeiro. 

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Confira trechos:

Estadão: Por que o sr. depositou um Pix para o ex-presidente Bolsonaro?

Em primeiro lugar, a minha surpresa e indignação é com a quebra de sigilo. Isso é uma coisa que a gente pensou que já tinha ultrapassado no Estado Democrático de Direito e que vem sendo reforçado, que tem a necessidade de um retorno da Democracia pela imprensa. Mas a gente vê que a própria imprensa não está em absoluto dando relevo a essa absurda quebra de sigilo. Meu nome citado num depósito, como eu faria para qualquer pessoa que eu tenha admiração, qualquer amigo e que tivesse necessidade. Aliás, já fiz isso algumas vezes na minha vida e para pessoas que não têm nenhuma notoriedade. (…)

Estadão: Seria para ele pagar as multas?

Seria para ele usar da forma como ele bem entender. Um homem que tem todo o dinheiro bloqueado para pagamento de multa de máscara e ainda tem que pagar mais não sei quanto. É do meu feitio colaborar com pessoas que eu tenho apreço. Eu o conheço há 30 anos. Faria isso com qualquer amigo meu. Até com gente que eu nem conheço. Eu já fiz caridade com gente que eu nem conheço (…)

Após ser informado que o ex-presidente aplicou os recursos arrecadados na campanha em um fundo de renda fixa, Gonzaga aprovou a atitude, considerada por ele como “responsável” considerando a “inflação galopante” do país. Na sequência, foi questionado se manteria a opinião mesmo se ele não pagasse a multa.

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Estadão: Mesmo ele não pagando a multa?

Isso é uma questão que ele vai pagar na hora que ele entender que esgotou os recursos judiciais cabíveis como qualquer cidadão. Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa. O que eu vi foi uma pessoa ter todos os seus recursos bloqueados. De uma hora para a outra, ele não tinha mais nada na conta. (…)

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